Maria
Sinto o resvalar da alegria, e não é sensação passageira, sempre que te vejo, ó Maria, meu sonho da vida inteira. Desde infante tenho o pendor, de te amar, querer só teu bem, teus carinhos com todo fervor; não me iludo, assim és também. Sonhando, ingênuos, tão puros, confessando as dores à lua, crescemos; ficamos maduros, mas sempre nos vendo na rua. Vivo só, mas tristeza não tenho nem de alguém penso em gostar. E nas noites de lua eu venho à janela pra ver-te passar. Meu sorriso tem causa em ti, quando meiga, olhas para mim. E mesmo não estando aqui, eu continuo sorrindo assim. Teu coração a ninguém pertence. Vives serena, linda, sozinha, não triste, mas doce e contente, como eu, na vida só minha. Disso sorrio viçoso e feliz; sou sincero, não é fingimento. Da vida, sou ainda aprendiz, sem saber o que é sofrimento... Muito embora viesse a sofrer, minha dor seria futilidade; o tormento eu iria esquecer e gozaria plena felicidade. É que virias, Maria, me olhar com zelo, não haveria desdém. De todo mal, irias me curar, e do amor seríamos reféns. Imagem: Google – cmais.com.br AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 15/07/2011
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