Aurismar Mazinho Monteiro

Uma pena meramente entusiástica.

Textos


Escrever e descrever como prescrever

Ensina-me, Régis Prestes!
És estro, então escreve!
Ainda que sem verve.
Mais sem verve é quem não se atreve
a descrever como se escreve
uma prescrição que preste.

Não vês que requer pressa,
dada a importância
com que se reveste,
escrever sobre o perceve?

Quero aprender como se prescreve,
senão, de nada serve,
prescrever perceve,
para o almocreve,
que, de fome, faz greve,
se tu não queres, Régis,
descrever como se deve prescrever.

Como prescreverei,
se não sei como se prescreve?

A verdade deve ser expressa:
sobre o perceve,
devemos escrever breve,
prescrever certo, Prestes,
para encerrar a greve
de fome do almocreve.

Depressa! Peço que te expresses.
Expressa, Régis Prestes! 
                                                                           
COM MUITA VERVE,
UM TEXTO  QUE ALÉM DE ENGRAÇADO,
CULTURA, NOS SERVE.

(Interação da poetisa SALETE, pelo que agradeço com carinho).

* Os almocreves eram pessoas que conduziam animais de carga e/ou mercadorias de uma terra para outra, durante a Idade Média e até tempos bem recentes – meados do século XX (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre – informação extraída em 03/JUN/2011)

* O perceve (de nome científico Pollicipes pollicipes) é um crustáceo que pode atingir entre 10 e 15 cm de cumprimento e pode ser encontrado em toda a costa oeste da Bretanha até o Senegal (Fonte: Oceanusatlanticus.blogspot.com – informação extraída em 03/JUN/2011)
* Imagem: Google - luisfuck.wordpress.com
AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 03/06/2011
Alterado em 04/07/2011
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