Aurismar Mazinho Monteiro

Uma pena meramente entusiástica.

Textos


MARIA EPONINA MONTEIRO,
Minha eternamente amável, linda, gentil, carinhosa e bondosa mamãe querida! 
Nesse 09 de maio a senhora teria completado 93 aninhos...
Hoje, dia 12, segundo domingo de maio, Dia das Mães, não mais a vejo como eu fazia prazerosa e docemente de forma assídua, fosse em sua casa e/ou num leito de hospital, até mesmo quando em seus momentos de angústia, acometida de enfermidades diversas que a fragilizavam, nos entristecendo profundamente...
Há quase cinco meses, mamãe querida, eu amargo a incomensurável e eterna dor de sua partida sem volta. Mas saiba, mamãe, meu coração, apesar de estar deveras triste, sob eterno luto e em lágrimas que teimosamente o transbordam, pôs-se e põe-se a sorrir, ainda que aos prantos pela dor que o aflige, relembrando quão feliz a senhora se sentiu e sentia com minha presença repleta de amor e carinho - de filho e de amigo - constantemente dedicados à senhora... Relembrando quão feliz ficávamos quando nos encontrávamos, conversávamos, brincávamos, gargalhávamos, sorríamos... Relembrando quão maravilhoso era observar que em seu olhar e em sua alma, eu estava sempre presente, fazendo-lhe feliz e sorridente com meu costumeiro jeito menino de ser, ainda que eu fosse/seja um homem maduro... Ah, mamãe, quantas saudades!
Contudo, saudosa e querida mamãe, asseguro-lhe que, mesmo chorando de tristeza por sua eterna ausência, meu coração sorriu e sorrirá sempre, não somente no dia do seu aniversário e no Dia das Mães, mas constantemente, pois estive/estava me lembrando, como sempre irei me lembrar, carinhosamente, do seu sorriso de felicidade por sentir quão felizes e sorridentes éramos e nos fazíamos, todas as vezes que nos encontramos/encontrávamos, ainda que em momentos de dor... Sim, minha mamãe querida, este seu eterno filho caçula, apesar de chorando incessantemente de saudades, esteve/estava sorrindo nesse dia, pois lembrou-se de quão feliz a senhora ficou e ficava todas as vezes em que eu a pegava no colo (especialmente quando em comemoração pelo seu natalício e/ou Dia das Mães), brincando, sorrindo, beijando-lhe a face, a testa, os pezinhos lindos e pequeninos, a cabecinha alva, cobrindo-a toda com meus intermináveis gestos de amor e carinho de filho... Ah, quão cheirosos eram seus cabelos grisalhos, sua face, seus pezinhos! Ah, como eu amaria beijá-los/cheirá-los novamente, mamãe! Portanto, minha eterna e querida mamãe, tenha sempre um feliz aniversário e um feliz Dia das Mães! Que sorriamos, riamos e gargalhemos sempre, embora estejamos banhados em lágrimas - eu, aqui sem a senhora, e a senhora, onde estiver, sem receber meu abraço, meu amor, meu carinho...
Eternamente com amor e saudades, beijos do seu filho caçula, mamãe.

 
Natal-RN, 12MAI2019
AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 15/05/2019
Alterado em 02/08/2019


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