Vinhos e almas é como um olhar que espia atento, uma alma frígida de olhos desatentos, mas que logo se aquece, após percebimento dos olhares que a viam naqueles momentos... Daí, vinhos se misturam em instantes, numa só mesa, copos diferentes - mas às vezes, um copo somente -, saciando bocas e lábios sedentos... Eis que logo corpos se tocam ardentes; confundem-se vozes, gestos, pensamentos... E vem o dia, indo a noite lentamente, tornando almas, íntimas, aderentes... Num dia, depois de noites e dias incessantes, tudo se esvai inesperadamente... Voltando ao vinho, a alma tenta novamente reviver o que lhe parecera felicidade eternamente... AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 15/08/2012
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