Sina
Corre-me n'alma e no corpo
uma vastidão de sensações. Vêm de risos, de choros variadas emoções. Efêmeros, mas ferozes turbilhões no pensamento. Dói-me o peito, são horas atrozes; é martírio, é sofrimento... Meneio a cabeça, não quero pensar, é uma forte labuta. Meu coração dispara - incansável luta. Queixa-se a toda hora, comigo na disputa: eu querendo esquecer; ele, revolver... Eis minh'alma! Também no meu corpo. Um desalento, me aflige, me domina. Quedei-me, não intentarei esforço. Concebo: recordar é triste sina.
AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 15/04/2011
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